domingo, 8 de abril de 2012

Meu querido monstro...

...Eu sei que o senhor está cansado de tanto apanhar, mas não posso fazer nada. Eu estou sentindo essas mesmas dores e as pancadas estão cada vez maiores, eu juro que tentei fazer algo e nada adiantou.
 Cada vez que damos um passo para frente alguém nos faz voltar quatro para trás. Você sabe que estamos em um buraco negro outra vez, querido monstro. Não se faça de idiota e tente maquiar tudo. Tudo. Quase tudo, porque esses buracos enormes não são tão maquiáveis assim.
  Não podemos fingir sempre, meu bem. Nem venha me dizer que eu já te escrevi isso antes, eu sei que já fiz, mas o senhor parece que não aprende. Será que escrevo em grego? Não, não. Nós não temos gente sempre para nos dar a mão, aprenda a se levantar sozinho.
 O senhor acha que entende muito de mim, né? Coitado...você nem se entende. É todo cheio de conflitos pessoais, guerras familiares e o escambau. É, escambau, essa palavra ainda existe, eu não quero escrever um palavrão, porque ainda tenho respeito por você e sua cara verde limão.
 E já não chega de humilhação? Já não chega de cantar "Don't go away" na janela daquele filho da mãe? Ele te deixou no frio e sozinho. O senhor foi o brinquedo da estação para aquele menino malvado. Cuidado, ele agora quer arrancar a sua cabeça e dar para os 4 cãezinhos dele comer. Se o senhor ainda continuar se humilhando, eu só desejo que você vire fezes.
 Seja honesto consigo mesmo pelo menos uma vez. Nem te custa. Essa coisa de honestidade só com os outros já está virando atitude de bunda mole. Faça somente o que te faz bem, cara.
  Eu te amo, querido Monstro. Só quero o teu bem, porque se está tudo "ok" contigo, logo, estará tudo "ok" comigo.







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