segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Você sacou a minha esquizofrenia e maneirou na condução.*"

 Casada. Sim, casada, eu sei que escrevi que não sabia o que era o amor, mas  quem disse que o casamento só é feito de amor? Nada disso, eu e Marcos temos algo bem maior do que isso: A amizade. Lógico que casei apaixonada, porém com o tempo tudo foi mudando e acabou num relacionamento de irmãos. Para alguns isso é horrível, outros diriam que falta amor próprio, mas nós vivemos bem nessa condição.
 Nós preferimos viver um relacionamento aberto já que ele vive muito tempo na estrada e eu não sou idiota de ficar esperando. Eu não estou dizendo que as outras pessoas que esperam seus respectivos maridos ou esposas são idiotas, mas é que se eu fizesse isso, acabaria me sentindo tola. Ele lá  com groupies gostosas e eu aqui sozinha? Jamais! Quero mais é curtir uma noitada.
 Eu conheci o Marcos numa situação nada agradável, foi em um velório de um amigo nosso em comum. Eu queria um final feliz com um príncipe encantado, ué. Aí ele chegou todo magro, chorando, calçado num All star azul, e eu não resisti. Fui emprestar meu ombro amigo para ele e ele aceitou, depois dali a gente tomou umas falando do nosso amigo. Naquele dia aconteceu o  nosso primeiro beijo e duas semanas depois fomos morar juntos. Rápido.
 Marcos viveu tudo bem parecido com o que eu vivi, por isso a gente se entende bem. Eu sou a família dele e ele é a minha família, porque somos os rejeitados pelo o restante do mundo, pois não vivemos num comercial de margarina.
 Agora ele está em algum desse Brasil, sinto saudades dele e de daqueles barulhos que ele faz pela casa que até hoje nem sei como consegue. Até fumar fica sem graça sem o Marcos, não sei beber vinho sem ouvir aquela risada de moleque.
 Talvez eu até sei o que é amor, mas vamos deixar para lá. Isso é assunto para outro post, Drª  Claudia.



*Só sei dançar com você- Tulipa Ruiz

Nenhum comentário:

Postar um comentário